Em Sidrolândia, Sanesul utiliza técnica de poleiro artificial para regenerar vegetação
Instalados desde 2013 próximos a ETE de Sidrolândia, o projeto engloba 27 poleiros artificiais e tem o objetivo de recuperar a vegetação de áreas degradadas
Escrito por ACOM/SANESUL
09/11/2016 10:39:00
   
Junto ao poleiro, equipe recolhe material
Em Sidrolândia, a Sanesul está desenvolvendo projeto para regeneração de área degradada utilizando a técnica de poleiro artificial. O projeto consiste em criar estruturas, confeccionadas com varas de bambu, que estimulem as aves ao pouso. Através das fezes e material regurgitado pelas aves, ocorre a deposição de sementes nas proximidades dos poleiros, ocorrendo a germinação e desenvolvimento de diferentes espécies de vegetação.
Em 2013, foram instalados os poleiros artificiais para de recuperar a vegetação próxima ao Córrego Vacaria em Sidrolândia, onde também está localizada a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) do município. Os poleiros foram distribuídos em diferentes tamanhos a cada 15 metros de distância. No total, foram instalados 27 poleiros, sendo 10 poleiros com três metros de altura, dez poleiros com quatro metros e sete poleiros com cinco metros de altura.
De acordo com a gestora de processo de Educação Ambiental e responsável pelo projeto, Cleide Regina Pinheiro Martins, a técnica de poleiro artificial é um desafio para o meio ambiente.
Gestora e tecnólogo recolhem folhas para identificação
“A recuperação da mata ciliar do Córrego Vacaria ajudou na melhoria da qualidade do corpo receptor dos efluentes tratados na ETE de Sidrolândia, isso porque a recuperação das matas ciliares mantém vivos os rios e melhoram a qualidade e quantidade de água”, declarou.
Na última quinta-feira (03), a gestora esteve no local para recolher as folhas das árvores para identificação de espécies das árvores. Foram colhidas mais de 40 folhas. “Identificamos que são árvores regeneradas e outras delas nascidas através das fezes trazidas pelas aves”, explicou Cleide, dizendo que é feito um sistemático acompanhamento nos 27 poleiros.
O monitoramento das áreas em recuperação é realizado com a retirada das ervas daninhas (plantas que podem interferir no processo) em torno de cada poleiro, fazendo o coroamento de cada um, registros de fotos dos pássaros da área, registros de vestígios de fezes dos pássaros, vestígios de plântulas (planta recém-nascida) em baixo de cada poleiro, identificações de espécies de aves e árvores e acompanhamentos de regeneração natural.
O tecnólogo da Gerência de Meio Ambiente e Ação Social (Gemam) José Roberto Bastou acompanhou o trabalho.